segunda-feira, 16 de maio de 2011

Catadores são mortos com requintes de crueldade em São Paulo‏


Dois catadores em situação de rua foram cruelmente assassinados em dois ataque no período de 4 dias no bairro do Brás, cidade de São Paulo. As vitimas foram queimadas vivas e, com pouco restou de seus corpos, não é possível nem reconhecer o sexo dos catadores. Os ataques aconteceram durante a noite enquanto os catadores dormiam. Um deles foi encontrado com as mãos amarradas com arame.
 
O MNCR, juntamente com o Padre Julio Lancelote e Drª Michael (Condepe), estiveram em reunião no dia 09 de maio na DHPP (Delegacia de homicídios e proteção a pessoa) com o diretor geral a instituição, Dr. Jorge Carlos Carrasco, e outros delegados de polícia que acompanham o caso para cobrar providencias e agilidade na investigação sobre o caso.
 
Padre Julio lembrou outros massacres contra a população de rua e a necessidade de agir rapidamente nesse caso para que não se torne rotineiro esse tipo de crime contra os catadores e a população de rua em São Paulo. Drª Michael lembrou que no dia 11 faz 1 ano do massacre contra moradores de rua no bairro do Jaçanã onde 8 pessoas foram mortas e que até hoje os crimes não foram esclarecidos, apesar de se saber que na região agia uma grupo de extermínio formado por policiais que também foi responsável pela morte de um coronel da polícia militar, entre outros crimes.
 
Os presentes descartaram a possibilidade do crime ser apenas desavenças entre moradores de rua, uma vez que a quantidade de combustível usado para queimar os corpos, que chegou a derreter completamente os corpos,  era muito grande e um morador de rua não teria acesso a quantidade de combustível que foi usado.
 
Eduardo Ferreira de Paulo, representante do MNCR, declarou que o movimento acompanhará o caso para que não fique impune mais esse crime. Disse ainda que a prefeitura tem que apoiar os catadores para que saiam da situação de risco em que vivem nas ruas.  O MNCR esta encaminhando a denuncia para a Secretaria Especial de Direitos Humanos e para o Centro de Defesa dos Direitos Humanos da População de Rua e dos Catadores para que intervenham no caso.
 
Os delegados da DHPP se colocaram inteiramente a disposição e se comprometeram e solucionar o caso o mais rápido possível.

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